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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 927-1

927-1

INVESTIGAÇÃO DA ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA DE MICOBACTÉRIA APÓS TRATAMENTO COM DERIVADO OXADIAZÓLICO

Autores:
Maria Luiza Froes da Motta Dacome (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Jonathan Sanches Rosa (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Andrew Matheus Frederico Rozada (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Gisele de Freitas Gauze (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Regiane Bertin de Lima Scodro (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Vera Lúcia Dias Siqueira (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Rosilene Fressatti Cardoso (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Katiany Rizzieri Caleffi-ferracioli (UEM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ)

Resumo:
O surgimento de micobactérias multirresistentes tem estimulado a busca de novos fármacos contra a tuberculose (TB), a fim de compor esquemas terapêuticos mais eficazes e menos tóxicos. Neste sentido, nosso grupo de pesquisa vem estudando os derivados oxadiazólicos, os quais têm se mostrado promissores anti-TB. Com intuito de conhecer o modo de ação destas substâncias, exploramos no presente estudo a microscopia eletrônica de varredura (MEV) com objetivo de avaliar as alterações morfológicas em micobactérias provocadas pelo tratamento com o composto oxadiazol-4-metoxinaftaleno (O-AON). Para o ensaio, por questão de biossegurança, foi utilizado o modelo Mycobacterium smegmatis. Após a padronização da suspensão bacteriana, a mesma foi exposta ao composto O-AON nas concentrações de 1xCIM (concentração inibitória mínima) e 16xCIM por 5 dias. Uma suspensão bacteriana sem tratamento foi utilizada como controle do ensaio. Em seguida, os bacilos foram fixados com glutaraldeído 2,5% em tampão cacodilato por pelo menos 2 horas. As bactérias tratadas foram aderidas nas lamínulas com auxílio da poli-L-Lisina. As amostras foram desidratadas com diferentes graduações de etanol (30% a 100%) e depois submetidas ao ponto crítico. Por fim, as amostras foram coradas com ouro para visualização pelo MEV. Foram fotografados para cada amostra em média 20 campos nas magnificências (10.000x, 15.000 e 20.000x). As imagens obtidas foram analisadas criteriosamente e não foram observadas alterações significativas na morfologia bacteriana quando comparado ao controle, apesar de que, foram notadas o aparecimento de estruturas, tais como bolhas e elementos fibrilares, compatíveis com situações de estresse vivenciado pela célula bacteriana. O ensaio de MEV sugere que o composto estudado não apresentou ação direta, visível por esta metodologia, sobre a parede celular de M. smegmatis. Embora o modelo utilizado foi M. smegmatis supõe-se que os resultados possam ser extrapolados para M. tuberculosis. Contudo, estudos empregando outras metodologias devem ser conduzidos a fim de melhor compreender o modo de ação intracelular desses compostos promissores em micobactérias.

Palavras-chave:
 atividade anti-TB, MEV, novos fármacos, tuberculose


Agência de fomento:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq